“E o Filho de Deus se fez carne e habitou
entre nós” isso é Natal!
Mas porque será que este fato incomoda
tanto? Porque será que querem que isso fique no esquecimento? Foi por mal que
em Cristo Deus foi chamado Emanuel?
É certo que o natal existe por causa de
Cristo. No entanto, hoje é possível um natal sem Cristo. Como? Alguém
poderia perguntar – simples respondo eu: Basta que nossa mesa esteja tão farta
de frutas e comidas deliciosas; basta que nosso coração esteja tão “alegre” com
o efeito da bebida; basta que nossa atenção esteja toda voltada àqueles que não
víamos há anos; basta pensar que tudo não passa de uma confraternização e
pronto, o Cristo do Natal foi substituído, e teremos um Feliz Natal sem Jesus.
Isso funciona muito bem para os adultos.
Pobres adultos! Glutões e beberrões, cujos corações estão muito longe do reino
de Deus, “que nem é comida nem bebida, mas alegria no Espírito Santo”, nem
mesmo neste dia despertam suas consciências de que o natal é a lembrança de que
Deus em Cristo nos visitou, de que no Cristo Encarnado e somente Nele há
esperança de salvação eterna, para o enfermo e para são, para o rico e para o pobre,
para o homem e para a mulher, para o branco e para o negro, para o adulto e
para a criança, isso é natal, por isso uma festa cristã, que tem como principal
personagem: Cristo.
Mas o que observamos é a grande capacidade
que o homem caído tem de corromper as boas coisas de Deus. Comida e bebida são
coisas boas e com elas deveríamos glorificar a Deus, e o que fazemos? Enchemos
a cara e passamos mal de tanto comer. No Natal juntamente com a ansiedade de
receber presentes, a comida e a bebida servem para nós de distrações, nos
afastando do verdadeiro sentido de celebração, Deus conosco, Deus visitando seu
povo, Deus habitou entre nós, ele se fez carne!
Já para as crianças substituíram o Cristo
por coisas igualmente banais quando comparada a “coisa” principal. Uma massa de
crianças que são esquecidas o ano todo são lembradas agora, alvos dos mais
variados presentes: bonecas, bolas, jogos e etc. Elas também são pegas pelo
estômago com doces, frutas e comidas gostosas. Isso é o natal para elas. Estas
coisas são o verdadeiro motivo para a alegria delas, neste dia não são
informadas que “delas é o reino dos céus”, que Cristo repreende duramente todos
àqueles que tentam obstaculá-las de irem a Cristo. Não deveria ser assim, pois,
no dia de Natal é mais um grande dia para que elas sejam lembradas das palavras
de Jesus “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraçais” pobres crianças!
Não é sem razão que pessoas extremamente
miseráveis, que viveram o ano todo em extrema pobreza, no natal tenham suas
mesas fartas, suas geladeiras cheias de bebidas, um imenso peru ou grande
pernil assando no forno, crianças miseráveis agora recebem presentes inimagináveis.
E da mesma maneira que o povo blasfemou no deserto pela falta temporária de
comida e bebida, nos esquecemos de Deus por um instante de mesa farta e
geladeira cheia.
E o Papai Noel, o bom velhinho, o que dizer
dele? Uma figura até simpática, bondosa, sempre sorridente, cheia de alegria e
que traz esperanças de coisas boas. Mas até que ponto isso é verdade, é real? Mas
este bom velhinho que aparece sempre sorridente e feliz, parece que não conhece
o mundo que eu vivo, o mundo real da dor e do sofrimento. Por isso, estou com
John Stott quando disse “o único Deus que eu creio é aquele que Nietzche,
filósofo alemão do século 19, ridicularizou, chamando-o de Deus sobre a cruz.
Porque no mundo real da dor, como adorar um Deus que fosse imune a ela? O crucificado é Jesus por mim. Aquela
figura que por um tempo, esteve solitária, retorcida, torturada sobre a cruz,
com pregos lhe atravessando as mãos e os pés, com as costas dilaceradas
distendidas, a testa sangrando nos pontos perfurados por espinhos, a boca seca,
sedenta ao extremo, mergulhada na escuridão do esquecimento de Deus. O
crucificado é o Deus por mim!” Este sim, enfrentou o mundo real da dor e do
sofrimento, da vida e da morte, o mundo que eu vivo.
No Natal celebramos o dia que o Filho de
Deus, a Segunda Pessoa da Trindade Santa, colocou de lado a sua imunidade para ser
o Emanuel, para sentir a nossa dor, para sofrer a nossa morte, para ser tentado
em todas as coisas, para que pelas “suas pisaduras fôssemos sarados”. Ele
entrou no mundo real de carne e sangue, lágrimas e morte, se alegrou e chorou
entre os homens.
Não foi por mal que Deus nos visitou na
pessoa de seu Filho Jesus, mas foi para nos salvar, foi visando uma vida
abundante para nós. O nascimento de Jesus faz com que nossos sofrimentos se
tornem mais suportáveis à luz do Cristo crucificado.
As pessoas precisam saber disso. E que
nesse Natal, ainda que a mesa esteja farta, ainda que o coração esteja cheio de
alegria pelos familiares e amigos, ainda que haja confraternização e troca de
presentes, ainda que as frutas decorem uma bela mesa no centro da sala, EU ME
ALEGRAREI NO SENHOR. E mais que isso, todos os que estiverem comigo irão ouvir
esta linda história de amor que começou antes na eternidade, manifestou-se na
plenitude dos tempos com a encarnação e nascimento de Jesus, teve o seu ápice
na sua morte e ressurreição.
E você? Lembre-se: se você se calar, é
possível que as pessoas passem um Feliz Natal com você e sem Jesus. Se você se
calar, é possível que a mesa farta, que as comidas gostosas, que o prazer de
rever os parentes, tome o lugar de Cristo; mas, se você não se calar, o Cristo
será lembrado, e a sua festa terá sentido.
“Então,
bom natal...” Desejo a você sim uma mesa farta (a menos que o contrário seja
absolutamente necessário) e, mais que isso, muito mais que isso, Eu desejo a
você um Feliz Natal Com Jesus.
Muito bem lembrado, parabens pelo post
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