quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

“Então é Natal, a Festa Cristã...”


“E o Filho de Deus se fez carne e habitou entre nós” isso é Natal!
Mas porque será que este fato incomoda tanto? Porque será que querem que isso fique no esquecimento? Foi por mal que em Cristo Deus foi chamado Emanuel?
É certo que o natal existe por causa de Cristo. No entanto, hoje é possível um natal sem Cristo. Como? Alguém poderia perguntar – simples respondo eu: Basta que nossa mesa esteja tão farta de frutas e comidas deliciosas; basta que nosso coração esteja tão “alegre” com o efeito da bebida; basta que nossa atenção esteja toda voltada àqueles que não víamos há anos; basta pensar que tudo não passa de uma confraternização e pronto, o Cristo do Natal foi substituído, e teremos um Feliz Natal sem Jesus.
Isso funciona muito bem para os adultos. Pobres adultos! Glutões e beberrões, cujos corações estão muito longe do reino de Deus, “que nem é comida nem bebida, mas alegria no Espírito Santo”, nem mesmo neste dia despertam suas consciências de que o natal é a lembrança de que Deus em Cristo nos visitou, de que no Cristo Encarnado e somente Nele há esperança de salvação eterna, para o enfermo e para são, para o rico e para o pobre, para o homem e para a mulher, para o branco e para o negro, para o adulto e para a criança, isso é natal, por isso uma festa cristã, que tem como principal personagem: Cristo.
Mas o que observamos é a grande capacidade que o homem caído tem de corromper as boas coisas de Deus. Comida e bebida são coisas boas e com elas deveríamos glorificar a Deus, e o que fazemos? Enchemos a cara e passamos mal de tanto comer. No Natal juntamente com a ansiedade de receber presentes, a comida e a bebida servem para nós de distrações, nos afastando do verdadeiro sentido de celebração, Deus conosco, Deus visitando seu povo, Deus habitou entre nós, ele se fez carne!
Já para as crianças substituíram o Cristo por coisas igualmente banais quando comparada a “coisa” principal. Uma massa de crianças que são esquecidas o ano todo são lembradas agora, alvos dos mais variados presentes: bonecas, bolas, jogos e etc. Elas também são pegas pelo estômago com doces, frutas e comidas gostosas. Isso é o natal para elas. Estas coisas são o verdadeiro motivo para a alegria delas, neste dia não são informadas que “delas é o reino dos céus”, que Cristo repreende duramente todos àqueles que tentam obstaculá-las de irem a Cristo. Não deveria ser assim, pois, no dia de Natal é mais um grande dia para que elas sejam lembradas das palavras de Jesus “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraçais” pobres crianças!
Não é sem razão que pessoas extremamente miseráveis, que viveram o ano todo em extrema pobreza, no natal tenham suas mesas fartas, suas geladeiras cheias de bebidas, um imenso peru ou grande pernil assando no forno, crianças miseráveis agora recebem presentes inimagináveis. E da mesma maneira que o povo blasfemou no deserto pela falta temporária de comida e bebida, nos esquecemos de Deus por um instante de mesa farta e geladeira cheia.
E o Papai Noel, o bom velhinho, o que dizer dele? Uma figura até simpática, bondosa, sempre sorridente, cheia de alegria e que traz esperanças de coisas boas. Mas até que ponto isso é verdade, é real? Mas este bom velhinho que aparece sempre sorridente e feliz, parece que não conhece o mundo que eu vivo, o mundo real da dor e do sofrimento. Por isso, estou com John Stott quando disse “o único Deus que eu creio é aquele que Nietzche, filósofo alemão do século 19, ridicularizou, chamando-o de Deus sobre a cruz. Porque no mundo real da dor, como adorar um Deus que fosse imune a ela?        O crucificado é Jesus por mim. Aquela figura que por um tempo, esteve solitária, retorcida, torturada sobre a cruz, com pregos lhe atravessando as mãos e os pés, com as costas dilaceradas distendidas, a testa sangrando nos pontos perfurados por espinhos, a boca seca, sedenta ao extremo, mergulhada na escuridão do esquecimento de Deus. O crucificado é o Deus por mim!” Este sim, enfrentou o mundo real da dor e do sofrimento, da vida e da morte, o mundo que eu vivo.
No Natal celebramos o dia que o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade Santa, colocou de lado a sua imunidade para ser o Emanuel, para sentir a nossa dor, para sofrer a nossa morte, para ser tentado em todas as coisas, para que pelas “suas pisaduras fôssemos sarados”. Ele entrou no mundo real de carne e sangue, lágrimas e morte, se alegrou e chorou entre os homens.
Não foi por mal que Deus nos visitou na pessoa de seu Filho Jesus, mas foi para nos salvar, foi visando uma vida abundante para nós. O nascimento de Jesus faz com que nossos sofrimentos se tornem mais suportáveis à luz do Cristo crucificado.
As pessoas precisam saber disso. E que nesse Natal, ainda que a mesa esteja farta, ainda que o coração esteja cheio de alegria pelos familiares e amigos, ainda que haja confraternização e troca de presentes, ainda que as frutas decorem uma bela mesa no centro da sala, EU ME ALEGRAREI NO SENHOR. E mais que isso, todos os que estiverem comigo irão ouvir esta linda história de amor que começou antes na eternidade, manifestou-se na plenitude dos tempos com a encarnação e nascimento de Jesus, teve o seu ápice na sua morte e ressurreição.
E você? Lembre-se: se você se calar, é possível que as pessoas passem um Feliz Natal com você e sem Jesus. Se você se calar, é possível que a mesa farta, que as comidas gostosas, que o prazer de rever os parentes, tome o lugar de Cristo; mas, se você não se calar, o Cristo será lembrado, e a sua festa terá sentido.
“Então, bom natal...” Desejo a você sim uma mesa farta (a menos que o contrário seja absolutamente necessário) e, mais que isso, muito mais que isso, Eu desejo a você um Feliz Natal Com Jesus.

Um comentário: