terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Onde Estará Sócrates Agora?


Madrugada de domingo dia 04 de dezembro de 2011, por volta das 5 horas da manhã, faleceu o ex-jogador Sócrates Brasileiro, o “magrão”, conhecido nos países da bola, ídolo brasileiro e da torcida corinthiana, estava entre o seleto grupo de craques na Copa de 82.
            Dentro dos gramados “gênio”. Fora dos gramados, até nossos dias, um dos poucos jogadores de futebol a concluir um curso superior, formado em medicina e chamado de doutor, leitor e chamado de filósofo, politizado encabeçou o maior movimento democrático da história do futebol mundial, a conhecida “Democracia corinthiana”.    Amante da vida boêmia foi vencido pelo vício da bebida.
            O homem que recentemente numa entrevista[1] dizia não ter medo de nada encarou a morte. A morte que chega para todos, que nos apanha em momentos esperados e inesperados, que sem pedir licença invade os lares levando de nós amigos, conhecidos, vizinhos, familiares, nosso amor e etc. Certamente enquanto escrevo este post haverá amigos, familiares e quem sabe um amor enlutado pela morte de Sócrates.
            Mas deixando à parte o fenômeno “morte”, elevo-me a pensar, onde estaria Sócrates agora?
O cristianismo histórico tem posição clara e firme sobre o além da morte. Inclusive esta é a crença deste autor. Posição que não recebe lá muita simpatia. Muitos repelem a posição bíblica com um “tomara Deus” que eles estejam loucos, e que aquilo que eles acreditam sobre o destino eterno das pessoas não seja verdadeiro. O cristianismo histórico é difamado, porque dedica importância significativa sobre o destino das pessoas, apontando e descrevendo lugares onde passarão a eternidade. O cristianismo trata seriamente sobre o assunto, e por isso, convoca a todos a pensar seriamente pois “um dia” será a sua vez.
Mas infelizmente nossa natureza não pende àquilo que é sério, não gostamos de refletir sobre coisas de fato importantes, somos tomados por uma preguiça mental-espiritual. Por isso, muitos não atendem ao chamado do evangelho para refletir sobre estas coisas, antes preferem banalizar e tratar o assunto de forma desleixada e preguiçosa como foi o caso.
Não fosse a seriedade do assunto, deveríamos rir destas teorias banais. Por exemplo, para muitos Sócrates está “lá em cima” e de lá, com o calcanhar ajudou o Corinthians a ser penta campeão brasileiro; outros afirmam “seja lá onde ele estiver” estará feliz; alguns com viés mais cômico o colocaram ao lado de outros falecidos ex-jogadores tomando muita cerveja e com o fígado renovado. Eles estão até dispostos a admitirem o “fogo dos inferno” mas, isso sempre vem acompanhado de roda de samba, cigarro, cerveja gelada e mulher pelada; até admitem o diabo “dos inferno” mas, este diabo é o dono do bar, vende fiado, financia o samba, controla as mulheres e distribui cigarro para todo mundo.
Estes populares imaginários sobre o pós-morte tem características em comum: negam o fracasso, negam o terrível, aplacam a consciência.
a-    Negam o fracasso dizendo que “ele está feliz” afinal de contas viveu como tinha que viver, é exemplo para nós, de maneira alguma admitem que em sua existência na terra Sócrates tenha errado o alvo, tenha falhado como pessoa, como pai, como filho, que não cuidou do próprio corpo;
b-    Negam o terrível levando a vida boêmia daqui pra “lá”. Num ato de completo desespero não querem admitir que “lá” a “chapa é quente mano”, que “lá” sequer há quem molhe o dedo em água para esfregar a boca;
c-    E por fim, estes imaginários populares também aplacam a consciência, que vez por outra tenta dizer-nos que algo está errado conosco, que falhamos, e que precisamos de alguém que nos socorra em nossa miséria.
No evangelho Deus nos oferece Cristo como socorro, como única saída para o nosso fracasso, no evangelho Deus nos oferece “novos céus e nova terra”, e no mesmo evangelho nos adverte da perdição eterna como resultado óbvio de uma vida sem Cristo. A julgar pelos padrões do evangelho àqueles que perderam-se eternamente é ridículo desejar “Descanse em paz” porque neste lugar não há paz!
Dr. Sócrates, gênio da bola, filósofo, poeta, libertário, político, até onde sabemos e pelo que a sua vida nos revela, e ao menos que tenha sido regenerado e se arrependido para a salvação em plena convicção de fé em Cristo (e este autor tem extremo pesar em dizer isso) enfrenta agora a dura realidade daqueles que morreram sem Cristo, que recusaram a graça de Deus, que viraram as costas para o perdão oferecido em Cristo Jesus. E pior que isso, ainda aguarda o terrível dia da ira do Cordeiro, o dia da sentença de condenação eterna. Lamento profundamente! 
Mas para você que lê este post saiba que existem diante de nós dois caminhos, duas estradas, duas portas “a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas... amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele, pois disso depende a tua vida” Dt 30.19-20.


[1] Dia 26 de outubro de 2011 em entrevista a Marília Gabi Gabriela.

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