Madrugada de domingo dia 04 de dezembro de
2011, por volta das 5 horas da manhã, faleceu o ex-jogador Sócrates Brasileiro,
o “magrão”, conhecido nos países da bola, ídolo brasileiro e da torcida
corinthiana, estava entre o seleto grupo de craques na Copa de 82.
Dentro
dos gramados “gênio”. Fora dos gramados, até nossos dias, um dos poucos
jogadores de futebol a concluir um curso superior, formado em medicina e
chamado de doutor, leitor e chamado de filósofo, politizado encabeçou o maior
movimento democrático da história do futebol mundial, a conhecida “Democracia
corinthiana”. Amante da vida boêmia foi
vencido pelo vício da bebida.
O
homem que recentemente numa entrevista[1] dizia não ter medo de nada
encarou a morte. A morte que chega para todos, que nos apanha em momentos
esperados e inesperados, que sem pedir licença invade os lares levando de nós
amigos, conhecidos, vizinhos, familiares, nosso amor e etc. Certamente enquanto
escrevo este post haverá amigos,
familiares e quem sabe um amor enlutado pela morte de Sócrates.
Mas
deixando à parte o fenômeno “morte”, elevo-me a pensar, onde estaria Sócrates
agora?
O cristianismo histórico tem
posição clara e firme sobre o além da morte. Inclusive esta é a crença deste
autor. Posição que não recebe lá muita simpatia. Muitos repelem a posição
bíblica com um “tomara Deus” que eles estejam loucos, e que aquilo que eles
acreditam sobre o destino eterno das pessoas não seja verdadeiro. O
cristianismo histórico é difamado, porque dedica importância significativa
sobre o destino das pessoas, apontando e descrevendo lugares onde passarão a
eternidade. O cristianismo trata seriamente sobre o assunto, e por isso,
convoca a todos a pensar seriamente pois “um dia” será a sua vez.
Mas infelizmente nossa
natureza não pende àquilo que é sério, não gostamos de refletir sobre coisas de
fato importantes, somos tomados por uma preguiça mental-espiritual. Por isso,
muitos não atendem ao chamado do evangelho para refletir sobre estas coisas,
antes preferem banalizar e tratar o assunto de forma desleixada e preguiçosa
como foi o caso.
Não fosse a seriedade do
assunto, deveríamos rir destas teorias banais. Por exemplo, para muitos
Sócrates está “lá em cima” e de lá, com o calcanhar ajudou o Corinthians a ser
penta campeão brasileiro; outros afirmam “seja lá onde ele estiver” estará
feliz; alguns com viés mais cômico o colocaram ao lado de outros falecidos ex-jogadores
tomando muita cerveja e com o fígado renovado. Eles estão até dispostos a admitirem
o “fogo dos inferno” mas, isso sempre vem acompanhado de roda de samba, cigarro,
cerveja gelada e mulher pelada; até admitem o diabo “dos inferno” mas, este
diabo é o dono do bar, vende fiado, financia o samba, controla as mulheres e
distribui cigarro para todo mundo.
Estes populares imaginários
sobre o pós-morte tem características em comum: negam o fracasso, negam o
terrível, aplacam a consciência.
a-
Negam o fracasso dizendo que “ele está feliz”
afinal de contas viveu como tinha que viver, é exemplo para nós, de maneira
alguma admitem que em sua existência na terra Sócrates tenha errado o alvo, tenha
falhado como pessoa, como pai, como filho, que não cuidou do próprio corpo;
b-
Negam o terrível levando a vida boêmia daqui
pra “lá”. Num ato de completo desespero não querem admitir que “lá” a “chapa é
quente mano”, que “lá” sequer há quem molhe o dedo em água para esfregar a
boca;
c-
E por fim, estes imaginários populares também
aplacam a consciência, que vez por outra tenta dizer-nos que algo está errado
conosco, que falhamos, e que precisamos de alguém que nos socorra em nossa
miséria.
No evangelho Deus nos
oferece Cristo como socorro, como única saída para o nosso fracasso, no
evangelho Deus nos oferece “novos céus e nova terra”, e no mesmo evangelho nos
adverte da perdição eterna como resultado óbvio de uma vida sem Cristo. A
julgar pelos padrões do evangelho àqueles que perderam-se eternamente é
ridículo desejar “Descanse em paz” porque neste lugar não há paz!
Dr. Sócrates, gênio da bola,
filósofo, poeta, libertário, político, até onde sabemos e pelo que a sua vida
nos revela, e ao menos que tenha sido regenerado e se arrependido para a
salvação em plena convicção de fé em Cristo (e este autor tem extremo pesar em
dizer isso) enfrenta agora a dura realidade daqueles que morreram sem Cristo, que
recusaram a graça de Deus, que viraram as costas para o perdão oferecido em
Cristo Jesus. E pior que isso, ainda aguarda o terrível dia da ira do Cordeiro,
o dia da sentença de condenação eterna. Lamento profundamente!
Mas para você que lê
este post saiba que existem diante de
nós dois caminhos, duas estradas, duas portas “a vida e a morte, a benção e a
maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas... amando o Senhor, teu Deus,
dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele, pois disso depende a tua vida” Dt
30.19-20.
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