quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Crer é Também Pensar



Qual a relação entre a fé e a razão? O livreto “Crer é também Pensar” de John Sttot publicado pela ABU traz boas respostas. Abaixo vai uma pitada de sal apenas para despertar sua sede espiritual e te conduzir a uma boa leitura.
Sttot destaca a importância de usarmos as nossas mentes nas mais variadas áreas da vida cristã. Afirma que Deus nos deu inteligência e esta deve ser utilizada para sua honra e glória. Faz uma crítica à nossa geração adepta do pragmatismo onde o que mais importa não é saber se alguma coisa é verdade ou não, mas se funciona ou não. Critica duramente o anti-intelectualismo, que produz nas pessoas um zelo sem conhecimento.
O propósito de Deus inclui dois aspectos, o zelo dirigido pelo conhecimento, e o conhecimento inflamado pelo zelo. As doutrinas da fé cristã tem um duplo dever, o de fazer o homem pensar e depois agir de acordo com o seu pensamento.
Fomos criados para pensar, esta capacidade de pensar nos diferencia de todos os animais que o Senhor Deus criou. A Bíblia diz também que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. E que Deus colocou o homem para que governasse sobre os animais, e administrasse o jardim. As escrituras mostram também a forma impar de Deus se relacionar com o homem, dizendo o que podia ou não fazer. O homem, portanto é um ser pensante, com entendimento, e Deus espera que o homem viva fazendo uso da sua consciência e inteligência, vivendo de forma racional e ordenada.
A mente se relaciona com a palavra de Deus. A mensagem da bíblia é racional e todo homem ao lê-la deve fazer uso de sua mente para obter compreensão do que está escrito. Uma das mais elevadas e mais nobres funções da mente humana é ouvir as palavras de Deus, e assim ler a mente de Deus e pensar os pensamentos de Deus, expressos em sua palavra.
            O Espírito Santo renova as nossas mentes. Um homem espiritual, no qual habita o Espirito Santo e que é dirigido por este Espirito, ganha novos recursos para discernir as coisas. E é isso que deve se esperar dos cristãos, pois, tiveram suas mentes renovadas. De forma que, se vivemos no mundo, sem evidenciar que temos “a mente de Cristo” estamos fazendo uma clara negação daquilo que foi feito em nos por meio de Cristo.
            A doutrina do Juízo de Deus também está fortemente relacionada com a nossa mente, com o nosso conhecimento. Este é o argumento do apóstolo Paulo aos romanos, visto que todos possuem algum conhecimento, serão julgados de acordo com o conhecimento que possuem, os judeus pelo conhecimento da lei, e os gentios pelo conhecimento da lei gravadas em seus corações.
            Eu preciso usar a mente para cultuar a Deus. Há pessoas que acham que no ato de cultuar, nossa mente, fica infrutífera. Não é assim, porém, que vemos nos textos bíblicos, e certamente prestar um culto sem fazer uso de nossa mente não é apropriado ao cristão. Em Atenas, uma cidade pagã, temos registro de uma adoração sem discernimento, pois, adoravam um Deus que não conheciam. Mas, não é assim que aprendemos, os salmos 104, 105, 106, 107 e 134 mostra que o culto prestado a Deus era uma resposta inteligente, racional, ao livramento e a paciência de Deus para com o seu povo.
            A fé se relaciona com a mente uma vez que a fé verdadeira é essencialmente racional, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em Cristo é alguém cuja mente medita e se firma em suas promessas. A fé é saber controlar seus pensamentos em vista das circunstancias, não é simplesmente fechar os olhos para a realidade e dizer está tudo bem, mas é crer que apesar das circunstancias as promessas de Deus são verdadeiras e irão se cumprir. Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar, porque Crer é também Pensar.
           

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